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sábado, dezembro 13, 2008

FIA e FOTA chegam a um entendimento sobre as regras para 2009

As pressões do presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, e a recente crise económica mundial, fizeram com que a FIA e a FOTA deixassem as rivalidades de lado e chegassem a um entendimento sobre as regras da Fórmula 1 para o próximo ano.

O acordo foi firmado ontem em Paris (França) e algumas das medidas chamam a atenção por serem algo ousadas.

Em 2009, as escuderias não poderão fazer testes durante o campeonato, só no defeso. Antes havia a possibilidade de os carros "rolarem" 30 mil km no período do Mundial (de Março a Novembro).

Os motores também serão limitados: antigamente as equipas só poderiam mudar de motor de 2 em 2 grandes prémios; este ano, só o poderão fazer de 3 em 3 GPs. Em relação aos propulsores, estes passam de um limite de 19 mil RPM para 18 mil RPM, o que faz com que o material dure mais.

Outra das medidas tomadas ontem em Paris, está relacionada com as equipas "pobres" (Red Bull, Toro Rosso e Force India), que irão ter um "desconto especial" na compra de peças para os carros.

Fora das pistas, também houve mudanças: as simulações nos túneis de vento só poderão ser feitas com carros pequenos e que não atinjam os 180 Km/hora. Até hoje, tais testes eram feitos com monolugares normais, que podiam rodar até aos 300 Km/hora.

Os mecânicos e funcionários das equipas terão que ter "obrigatóriamente" 38 dias utéis de férias, que só poderão ser gozadas nos meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro. Além disso, todas as equipas terão que tornar públicas as novidades que "descobrirem", desde que estas estejam relacionadas com pneus e motores.


Para entrarem em vigor só na temporada 2010, foram tomadas outras medidas: proibição do uso de cobertores eléctricos nos pneus, fim dos reabastecimentos durante as corridas e sistemas de telemetria e comunicação via rádio iguais para todas as equipas.

Ficou decidido também, que em 2013, as escuderias terão de usar motores que sejam mais económicos e menos poluentes.


À saída da reunião, Max Mosley declarou que as medidas não vão mudar "a Fórmula 1 que conhecemos, vão só torná-la menos cara. Não podemos ignorar a crise e, como não há forma de prever com exatidão o que ocorrerá, é melhor sermos cautelosos. Caso a situação volte ao normal, as escuderias terão feito uma bela economia. Em relação aos adeptos que vêem os GPs nas bancadas ou na TV, garanto que estes não notarão qualquer diferença".


Jornalista: João Miguel Pereira